Toda revolução traz grandes impactos e grandes mudanças. A área da manutenção será uma das mais afetadas…
As organizações como um todo almejam sempre maior participação de mercado, busca por inovação, produtividade, qualidade e retorno sobre o investimento. Para tanto, precisam ter profissionais especializados e que compreendem e cumpram o que diz a visão, a missão e os valores da organização. Além disso, precisam ter um parque de máquinas, equipamentos, dispositivos, ferramentas e instalações que apresentem o mínimo ou nenhuma falha durante o processo produtivo, visto que isso por causar atraso na entrega e insatisfação do cliente.
Máquinas em inatividade, principalmente por paradas não programadas, concorrem para a redução dos lucros de uma organização, pois fatalmente menos produtos serão fabricados e menos valor será agregado ao negócio. Assim, faz-se necessário estudar e aplicar métodos e técnicas que reduzam essa inatividade, sendo o setor responsável por essa demanda denominado manutenção.
A manutenção é uma área da organização empresarial que foi se desenvolvendo à medida que a complexidade dos sistemas instalados nas fábricas aumentou.
Durante a Primeira Revolução Industrial, a qual ocorreu na Inglaterra, no século XVIII (1780-1830), cujo ramo característico é o têxtil de algodão, bem como a siderurgia, a manutenção praticamente não existia, quanto mais uma gestão da manutenção.
A Segunda Revolução Industrial, que iniciou por volta de 1870 é marcada pelo desenvolvimento técnico, científico e de trabalho que ocorre nos anos que compreendem a Primeira e Segunda Guerra Mundial. O Fordismo, tendo por base as teorias de Taylor (Taylorismo) é a sistemática técnica deste período. A manutenção começa a estabelecer suas raízes no chamado chão de fábrica, ainda de modo precário. Muitos dados são coletados nesse período, mas somente para ser suporte da produção, sendo poucos utilizados pela manutenção.
A Terceira Revolução Industrial tem início na década de 1970, suportada pelo desenvolvimento de máquinas e equipamentos de alta tecnologia embaraçada (High Tech). Nesse período, o Japão é o expoente desta tecnologia, a qual é difundida por todo o mundo, sendo muito expressiva a utilização das máquinas a CNC (Controle Numérico Computadorizado), da informática, da microeletrônica, dos sistemas robotizados, entre outros. Neste período a manutenção se destaca de vez na organização como área independente, não mais como uma extensão da produção. É nesse período que a administração da manutenção é impulsionada, pois, com a demanda cada vez mais alta por produção e máquinas e equipamentos cada vez mais complexos, diversos dados (em formatos de planilhas, relatórios, manuais, instruções, entre outros) precisam ser armazenados, compilados e analisados pela manutenção; surgem os aplicativos gerenciadores de manutenção e todo um vocabulário próprio.
A administração da manutenção tem por objetivo normatizar as atividades, ordenar os fatores relacionados à produção, contribuir para a produção e a produtividade com eficiência, eficácia e efetividade, sem desperdícios e retrabalho, gerenciando sistemas informatizados relativos à manutenção de máquinas e equipamentos.
A tecnologia continua evoluindo. Atualmente se fala em Indústria 4.0, ou a 4ª Revolução Industrial, conceito este que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. A maneira como se administra a manutenção também tende a mudar.
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